13 Coisas Que Você Não Sabe Sobre os Orixás
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As informações aqui buscam englobar as diferentes teorias e crenças sobre os Orixás numa visão ampla e na medida em que se é possível, imparcial.
No entanto, temos como base teológica os estudos transmitidos por Pai Benedito de Aruanda e criados por Mestre Rubens Saraceni, que a partir dessas revelações estrutura a Teologia de Umbanda.
Todas as informações contidas aqui são pinceladas do conteúdo maior de nossos estudos, com ênfase em Orixás na Umbanda mentorado por Pai Alexandre Cumino.
1. Quantos e Quais são os Orixás?
No panteão originalmente cultuado em solo africano é possível encontrar mais de 300 nomes de divindades chamadas de Orishas. No momento da diáspora africana esse culto foi trazido para o Brasil junto dos povos escravizados.
Cada uma dessas pessoas vinha de uma região da África e cada região por sua vez, se dividia em suas tribos e grupos étnicos linguísticos. Esses grupos tinham seus cultos a um Orixá.
Ao se encontrarem em solo brasileiro reúnem-se e nasce aqui uma religião afro-brasileira, o Candomblé.
Com o passar do tempo, o culto à algumas divindades foram extintos. E por isso, hoje já não é possível nem nomear mais alguns deles.
Na Umbanda o panteão africano é ressignificado e traz o conceito de 7 linhas, onde normalmente cultua-se 14 Orixás (isso não é regra, cada casa estabelece seu culto).
Isso acontece porque os Orixás são manifestações de determinadas naturezas do que consideramos a fonte Criadora de tudo e de todos.
É importante entender que cada terreiro irá estabelecer o culto à suas divindades de acordo com a inclinação, ancestralidade, tradição e relacionamento com aquele mistério.
Os Orixás são em si cada um uma “essência” e os cultos acontecem ligados à essa natureza ancestral.
Orixá na Umbanda é uma particularidade, um fator, uma característica, um sentido de Deus. Deus é único, mas se manifesta em sete vibrações e em cada uma dElas existe um Trono que corresponde a duas divindades que para nós são entendidas como os Orixás.
A pergunta mais pedida! Na Umbanda é possível que o Sacerdote da casa incorporado ou não, revele o Orixá dos filhos (médiuns da corrente). Há casos em que ao consultar-se com uma entidade, ela também revele um dos Orixás que fazem parte da sua coroa. Em algumas casas há a presença de uma entidade (espírito) que só se manifesta para fazer a revelação dos Orixás. Normalmente chama-se o ponto cantado do Orixá daquela pessoa.
Orixá não é Signo. Os Signos do Zodíaco são interpretados pelos Mapas Astrais, que são um modelo matemático-simbólico, que visa interpretar a posição do sol, da lua, dos planetas e como esses astros podem influenciar e atuar em cada campo da vida de uma pessoa.
Os signos na palavra da astróloga Patrícia Ungarelli “são como uma lâmpada de luz branca que ao colocar um papel colorido sobre ela, adere aquela coloração”.
Sendo assim, o signo de cada pessoa irá aderir as qualidades do planeta que o rege e por sua vez, irá transferir um pouco dessas qualidades a pessoa.
Diferente dos Orixás, os signos não podem ser classificados como Divindades ou irradiações puras de Deus que doam à nós, essências, fatores, natureza, delineando nossa personalidade.
Não. A leitura dos Orixás é feita normalmente por um Sacerdote outorgado espiritualmente para tal. Nos Cultos de Nação é comum o jogo do búzios como prática oracular para essa revelação.
Orixás são espíritos não humanos, possuem outra natureza e vivem em uma dimensão energeticamente pura. Estão em contato direto com os magnetismos unipolares de Deus. Por exemplo um Orixá Intermediário de Oxalá conhece apenas a energia desse Orixá, diferente de nós que estamos sob a regência dos entrecruzamentos dos Orixás recebendo a influência do magnetismo de todos os Orixás. A mediunidade e o culto religioso cria essa ponte de conexão com esses seres vindos de outra dimensão. Por isso quando incorporam-se Orixás na Umbanda é com a manifestação dessa forma de vida que nos relacionamos e somos imantados. Já as entidades são seres humanos desencarnados que já caminharam suas trajetórias evolutivas e hoje, vem em terra para o relacionamento com os encarnados.
Sim. Entidade conecta seus chakras aos do médium, Orixá é o transe de dentro pra fora, onde o médium recebe o magnetismo do Orixá no seu Ori.
9. Por que cada lugar que vou me revelam um Orixá?
Na leitura de Orixá tudo é muito subjetivo, tudo depende do conhecimento de quantos Orixás a pessoa que está fazendo essa leitura tem ou com quais ele mantém uma relação.
Além do que, pode ser que em determinado momento da vida da pessoa, em detrimento de acontecimentos particulares e etc, ela possa estar sobre a regência de outro Orixá que não compõe a sua triangulação e que ao se fazer a leitura, estará em evidência.
Por essas razões, acontece do “resultado” sobre sua regência ser diferente.
O que vale nesse tabuleiro de interpretações é o que você considera verdadeiro, qual revelação lhe trouxe mais aprendizado e autoconhecimento. 😉
Não. Orixá não é espírito humano e sua manifestação acontece como um transe e normalmente é uma passagem rápida. A energia aderida nesse momento por si só já é um bálsamo para o incorporante.
Os orixás não são humanos e sendo assim, também não podem ser os santos presentes na igreja católica, já que estes foram pessoas – em sua maioria mártires – que viveram na terra e depois do desencarne receberam o título de santos.
12. Orixá na Umbanda é o mesmo do Candomblé?
Pai Alexandre Cumino explica que a incorporação de Orixá na Umbanda não é a incorporação de Orixá no Candomblé e que as formas de se relacionar com essas manifestações são compreendidas e vivenciadas de maneiras distintas. No Candomblé por exemplo é comum que se proponha o ideal de que o Orixá está dentro do seu Ori o tempo todo.
Porque são eles a natureza ou família ancestral que nos doam o DNA Divino que seria o DNA do nosso espírito, capaz de nos formar e criar formas identitárias a nossa alma.
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